Diário de um Malkaviano

Olá pobres mortais, hoje eu faço 615 anos e devido a isto não me ocuparei em escrever nada de engraçado para vocês, afinal quem deve ser agradado hoje sou eu. Em vez disso eu vou contar como fui mordido.

Diário de um Malkaviano

Seis de maio de 1394

O sol brilhava forte, não que eu o visse, eu não o via quase nunca, mas os raios do mesmo entravam por entre as grades da minha cela. Sim, uma cela, eles me acham louco, mas eu não sou louco. Eu vejo o que eles não vêem e por isso não crêem. Eu acredito em vampiros e entendo que a banalidade de hoje é graças a o plano maquiavélico dessas criaturas em esconder sua presença do resto de nós. A banalidade desse mundo devastado não pode ser apenas devido à burrice humana, existe algo mais por trás da idiotice contemporânea. Lá vêm eles de novo hora dos remédios, ou devo dizer analgésicos psicológicos.

Sete de maio de 1394

Hoje o sol se esconde por entre as nuvens, ou eu acho, já que sua luz ainda não invadiu minha cela e o chão de pedra parece mais frio que o normal. As minhas mãos estão atadas nas costas com uma camisa de força acho que isso aconteceu devido a minha resistência a “medicação” de ontem. Segundo o que escutei um psiquiatra ira me visitar amanhã e estudar meu quadro psicológico. Apenas em imaginar que minha mente é bem mais evoluída que a desse psico-blábláblá e mesmo assim eu continuo preso neste sanatório porque minhas idéias diferem das convencionais eu sinto vontade de estrangular o mesmo com minhas próprias mãos e ver o sangue correr pelo corpo do mesmo, aliais, isso não seria má idéia sempre fui fascinado por sangue.

Oito de maio de 1394

Fui acordado bem cedo e arrastado até esta sala afastada das outras, os outros loucos gritavam enquanto eu era arrastado pelo corredor, eu pude ouvi-los, mas pior que isso eu pude entendê-los, acho que apesar da minha ausência de louco esse lugar esta realmente afetando meu cérebro. Mas esqueça isso, aqui estou eu preso em uma cadeira, sozinho nesta cela um pouco mais requintada que a minha se contarmos esta cadeira de amaras e a outra a minha frente como requinte. O psiquiatra entrou em seguida um senhor alto e extremamente pálido, seus olhos me perfuraram durante cinco minutos e em seguida seu leve sorriso iniciou a entrevista. Porém não foi infernal como eu pensei, o senhor a minha frente entendia minha idéias e concordava com todas, ele parecia realmente ser inteligente. Já que ele gostou de mim a disse que arranjaria uma carta comprovando que sou sã.

Quinze de maio de 1394

Fui libertado há uma semana e estou trabalhando em um projeto com o doutor Goth, o psiquiatra falado anteriormente, ele disse que amanhã eu nascerei de novo e verei o mundo de outra maneira.

Dezesseis de maio de 1394

Meu corpo está paralisado e meu celebro é bombardeado por varias vozes ao mesmo tempo. Eu sabia que vampiros existiam e agora eu sou um deles, porém eu sou mais que um mero vampiro, eu sou um Malkaviano. Hoje foi o dia do meu real nascimento.

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